Quando se fala em tecnologia, as pessoas imediatamente direcionam seus pensamentos para a parte técnica, sobre programação em si e suas linguagens. Porém, para obter mais chances de contratação em empresas da nova economia, aquelas que se pautam em inovação e têm transformado mercados, são necessárias outras habilidades. Para isso, o CEO da edtech ITuring, Carlos Souza, apresenta quais são essas principais soft skills.
“Hard skills seriam as habilidades técnicas e soft skills as não técnicas. O conjunto delas guiam as pessoas para carreiras de sucesso”, afirma.
1 – Capacidade de resolver problemas
Fundamental para qualquer profissional, mas ainda mais para os de tecnologia, afinal, ela costuma ser uma ferramenta para resolver problemas. É frequentemente a primeira habilidade avaliada em processos seletivos de empresas de tecnologia. O Google, por exemplo, é uma das organizações que avaliam essa capacidade em seus processos.
Para desenvolver essa habilidade, é necessário passar pela experiência de resolver problemas. Não precisa ser necessariamente algo grande, pode ser o desenvolvimento de algum projeto ou algo nesse sentido. A melhor forma é se envolver em propostas que vão te permitir praticar, testar e aprender com o que está construindo.
2 – Liderança
O nosso mundo precisa de bons líderes. E uma boa liderança está relacionada a três pontos:
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Visão: capacidade de determinar um foco, de enxergar onde é preciso chegar;
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Energia: capacidade de gerar movimento para alcançar essa visão. Energizar um time, influenciar um grupo de pessoas para perseguirem juntos aquela visão.
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Desenvolvimento: capacidade de desenvolver as pessoas e dar as condições para que todo o time seja capaz de remover barreiras que encontram ao longo do caminho, permitindo que todos andem na direção da visão proposta.
“Existem várias formas de liderar, eu acredito que a mais efetiva é através do exemplo. Por meio dessa capacidade multiplicamos nosso impacto”, afirma.
3 – Aprender a aprender
Precisamos aprender continuamente – modalidade de ensino chamada de aprendizagem contínua ou Lifelong Learning, do inglês. Nessa modalidade, há uma forte conexão entre a educação e o mercado de trabalho, pois estamos a todo tempo tendo que aprender coisas novas para executar tarefas e expandir a visão de negócio.
Os cursos livres e de curta duração – chamados também de nanodegrees – têm custo acessível e podem se adequar ao dia a dia de quem o faz.
“O que vale hoje pode já não valer em pouco tempo. Entender que a mudança é constante e seus conhecimentos também têm que ser, é uma virada de chave necessária”, diz.
4 – Capacidade de colaboração, comunicação e de ouvir
Trabalho em equipe exige habilidades de comunicação e organização. Os profissionais de tecnologia que se destacam são aqueles que, ao comunicar uma ideia, conseguem trazer outras pessoas para contribuir com ela. Falar e expor suas opiniões, sempre fundamentadas e organizadas, é essencial para que os seus colegas entendam de maneira clara e objetiva.
Ouvir com atenção e sem preconceitos permitirá que o profissional amplie novas perspectivas e possa crescer com isso também.
5 – Criatividade.
Criatividade é a capacidade de inovar. E só inova quem está disposto a errar e aprender, a experimentar. Por isso, se esforçar para olhar algo de uma nova maneira é uma forma de desenvolver o pensamento criativo.
A capacidade de criar faz parte do ser humano. Podemos manter esta habilidade em desenvolvimento estando dispostos a ouvir, ler, aprender e explorar possibilidades. Dessa forma, ampliamos a visão, descobrimos novas formas de interpretar e passamos a enxergar jeitos de combinar ferramentas, articular peças e assim, criamos algo novo.
“Faz a pessoa sair do pensamento óbvio ampliando as possibilidades tendo novas ideias”, explica Souza.
