Desde o ano passado, o número de ataques focados em sistemas de controle industrial (ICS) disparou, o que afetou milhares de operações de informações críticas à infraestrutura. Segundo a NSFOCUS, referência global em cibersegurança, os maiores alvos dos cibercriminosos são os setores de Manufatura, Energia Elétrica, Defesa Nacional, Aeroespacial, Petroquímica, Saúde e Governo. Somente no último ano, o número de ataques a essas áreas no Brasil cresceu 43%, em comparação com 2020.
Para Thiago Sapia, diretor de novos negócios da empresa no país, a tendência para este ano é que as ofensivas tenham uma alta de 57% somente na região, principalmente por conta da transformação digital e a adoção de novas soluções online. “Proteger esse tipo de ativos críticos em meio a um processo global de digitalização traz desafios únicos, devido ao tempo de funcionamento do serviço, integridade dos dados e conformidade de segurança pública”, acrescenta.
De acordo com o relatório “Industrial Internet Security Trend Report”, focado em sistemas de controle industrial, de todas as amostras coletadas e analisadas nos laboratórios de inteligência da empresa, apenas 4% das organizações inspecionam e atualizam a configuração e as políticas de proteção regularmente, sendo que somente 1% delas contam com um especialista responsável pelo monitoramento e auditoria de ameaças em tempo integral.
Segundo dados da pesquisa, o número de sistemas de controle industrial ativos expostos a ameaças é basicamente proporcional ao desenvolvimento industrial dos países. As três primeiras nações em exposição são Estados Unidos (15%), Alemanha (9%) e China (7%). Juntos, os 10 primeiros países correspondem por cerca de 66% do total, sendo que cerca de 59% dos ataques usados são Ransomware, sendo que o Revil foi responsável pela maior proporção.