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Nova fase do Open Banking exige ainda mais adequação de instituições financeiras

O aumento de crimes virtuais no Brasil e no mundo traz cada vez mais prejuízos para empresas e consumidores, vide fatos recentes ocorridos com o Submarino Viagens, Renner e Atento, assim como alguns órgãos governamentais nacionais, que ficaram com seus serviços suspensos temporariamente ou tiveram dados subtraídos pelos criminosos digitais.

Como reflexo dessa alta e do aprimoramento recorrente dos ataques hackers, as empresas reforçaram os investimentos e a busca por soluções de tecnologia e segurança da informação, sobretudo no segmento financeiro que, com a chegada do Open Banking, estão tendo que lidar com uma série de inovações no sistema bancário e aumento de concorrência, o que exigirá melhorias nos produtos e serviços ofertados ao consumidor.

De acordo com dados da NSFOCUS, referência global em segurança cibernética, o número de empresas do setor financeiro que buscaram soluções contra hackers maliciosos saltou de 18% para 42%, se comparados os primeiros sete meses de 2020 e 2021. A principal motivação de mais da metade dessas companhias é a preocupação em relação ao Open Banking e os riscos que podem surgir com a sua implantação no Brasil.

Conjunto de novas regras propostas pelo Banco Central do Brasil, que visa trazer facilidades ao consumidor, com mais liberdade e agilidade no relacionamento com instituições financeiras, o Open Banking permitirá o compartilhamento de dados do consumidor, como investimentos, seguros e operações de câmbio. Para isso, é necessário que o usuário assine um termo de consentimento e as instituições financeiras devem estar preparadas tecnologicamente para armazenar essa permissão, controlá-la e garantir o atendimento fiel ao seu escopo, bem como fornecer a segurança necessária para o compartilhamento desses dados. Lembrando que o consumidor pode fazer a revogação do termo a qualquer momento.

Uma pesquisa da Ipsos/TecBan, divulgada em julho deste ano, mostra, entre outros dados, que 57% dos brasileiros esperam maior proteção contra fraudes em aplicativos financeiros com a chegada da nova tecnologia, além de ferramentas para o pagamento de contas (50%) e funções para o apoio na gestão das finanças pessoais (48%).

O estudo evidencia a percepção de que a liberdade no compartilhamento de dados pode acarretar maior vulnerabilidade aos consumidores. Para garantir a segurança dos clientes e estarem alinhadas à nova realidade, as instituições financeiras devem contar com fornecedores e soluções que tragam facilidades para a gestão dos dados e possibilidades de escalar, agilizar e flexibilizar seus processos. Grandes bancos contam com estruturas próprias de Data Centers, com conectividade e segurança, mas o Open Banking exige que outras funcionalidades e ferramentas sejam disponibilizadas aos usuários.

A tecnologia ainda deve abrir muitas oportunidades para as instituições, mas, um dos principais critérios que deve ser cumprido para aproveitá-las é o armazenamento de dados. Quanto maior a capacidade, mais dados poderão ser coletados e maior será a base de trabalho para a oferta de produtos e serviços.

A tendência é que elas também passem a utilizar a nuvem para armazenar essas informações, pois além de aumentar potencialmente a capacidade dessas organizações, esse tipo de solução garante maior segurança e proteção dos dados, processamento real time com a possibilidade de aplicação em larga escala, personalização de produtos e serviços de acordo com o comportamento do consumidor e, acesso facilitado em qualquer lugar e a todo momento.

Dessa forma, o investimento em soluções de segurança modernas e inovadoras para preservar clientes e dados deve ser contínuo. Independentemente da operação, o importante é mantê-la em pleno funcionamento, apoiando o desenvolvimento dos negócios e garantindo a proteção da informação armazenada. Somente assim, as instituições financeiras estarão totalmente adequadas às novas necessidades e poderão aproveitar todas as oportunidades trazidas pelo Open Banking.

*por Thiago Sapia está há 12 anos no mercado de Tecnologia e Segurança da Informação, onde se especializou em grandes integradores, distribuidores e fabricantes. Atualmente, integra o time da NSFOCUS como Diretor de Novos Negócios da NSFOCUS no Brasil.

 

Tags: adequação, financeiras, instituições, OpenBanking

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