ArtigosNotícias

O impacto da computação em nuvem no mercado publicitário

Antes de abordarmos o tema central deste artigo, acredito que seja interessante contextualizarmos sobre o mercado de computação em nuvem no Brasil. O que já era um movimento latente, se tornou uma forte tendência com a chegada da pandemia em nosso país, em março de 2020. Vimos uma enxurrada de empreendedores que precisaram migrar seus negócios para o mundo digital, da forma mais rápida e segura possível. Com isso, a computação em nuvem se tornou a “queridinha” e cerca de 53% das empresas da América Latina desejam investir em soluções tecnológicas de produtividade, segundo recente pesquisa do IDC, líder em inteligência de mercado.

O mesmo estudo aponta as 10 principais tendências tecnológicas para o Brasil ainda em 2021, sendo 5G na rota de massificação; conectividade para transformação digital; investimento em edge para automação de processos; cloud como elemento chave na infraestrutura de TI; multiplicação de recursos de inteligência artificial; nuvem impulsiona soluções em segurança; plataformas de gestão na nuvem; reinvenção do mercado de impressão, com softwares e serviços; ascensão dos itens para casas inteligentes; e retomada dos notebooks e tablets.

Dentro dessa lista, a computação em nuvem é a que vem se destacando, sendo citada pela maioria das empresas como alvo de investimentos até o final de 2021. Isso porque, diante da pandemia, empreendedores enxergaram a nuvem como o caminho mais rápido e seguro para manterem seus negócios resilientes diante das próximas crises que possam surgir. Para se ter uma ideia, os investimentos com plataformas em nuvem devem atingir US$3 bilhões até dezembro, representando um aumento de 46,5% quando comparado com 2020.

Trazendo nosso olhar para o mercado publicitário, o cenário ainda precisa de atenção e evolução. Isso porque, em uma sociedade cada vez mais competitiva, a performance ganha mais relevância, pois permite que as empresas consigam se destacar em meio à multidão e ter resultados realmente expressivos. As agências trabalharem com hosting não é nenhuma novidade. Mas o que acontece é que, além de desviarem tempo de equipes de atendimento para resolver questões relacionadas à hosting, uma boa parte dessas agências, que trabalham com hospedagem compartilhada, não consegue oferecer resultados e performance a seus clientes em razão das limitações oferecidas por este tipo de infraestrutura.

Existe um movimento no mercado para atualização e modernização em busca de Cloud Hosting. O interessante é notarmos que o que muitas vezes não era acessível para agências menores ou com menos equipe técnica, hoje é possível por meio de serviços de automação de Cloud. Além dessa facilidade, as novas plataformas de cloud ainda proporcionam atendimento técnico especializado, gestão de clientes e recebíveis provenientes dessas novas parcerias.

As agências de publicidade digital, e até mesmo as offlines, precisam entregar resultados e sem um site rápido e com boa usabilidade isso se torna quase impossível. Portanto, o Cloud Hosting é uma das premissas para que essa entrega de fato aconteça. É importante destacar que não só a pandemia impulsionou a migração dos negócios para o mundo digital, mas também a mudança no comportamento do consumidor, que vem impactando todos os segmentos há cerca de duas décadas. Daí a importância de procurar por soluções que possam, de fato, ajudar nos processos e tomadas de decisões de formas assertivas e que crie conexões com as necessidades desse cliente 5.0.

Uma saída para empresas e agências adotarem tecnologias de alta performance, como o Cloud Hosting, é encontrar soluções automatizadas de gerenciamento, o que dispensa conhecimentos técnicos especializados em infraestrutura. Outra tendência que já é consolidada e crescente é a utilização e consumo de programas CMS (content management systems), que “atalham” o serviço realizado por programadores ao evitar que um site precise ser desenvolvido do zero, a partir de templates e interfaces mais amigáveis. WordPress e Magento são exemplos dessa categoria.

Por fim, acho que o mercado digital está saturado ou está muito perto de ficar. Pelo menos essa é a afirmação que ouvimos de muitas agências, pela quantidade de “especialistas” que aparecem todos os dias. Portanto, avaliando este cenário, acredito que haja uma segregação entre quem oferece resultados e discurso vazio. As empresas buscam especialistas em que possam confiar seus recursos para ter as melhores estratégias e resultados no meio digital.

É possível que no setor digital haja uma virada similar ao que aconteceu com as academias de ginástica há não muito tempo. A entrada de academias que entregavam mais infraestrutura e equipamentos “modernos” do que serviço e orientação proporcionou um boom no segmento de baixo custo, mas houve também um aumento de problemas físicos e ortopédicos ocasionados pela falta de orientação de profissionais de educação física.

A solução para o mercado entender quais são as academias que entregam uma alta qualidade de serviços vêm sendo a adoção de certificações reconhecidas internacionalmente. Para as agências digitais vemos o mesmo caminho: encontrar certificações de performance que comprovem os resultados por meio de cases, será um requisito para atuar no mercado de alta diferenciação e deixar de concorrer por preços.

Pense nisso!

*Arthur Furlan é CEO da Cloudez, empresa de Cloud Hosting que organiza e automatiza as atividades operacionais de agências e prestadores de serviços digitais, desde a hospedagem cloud até cobranças, para obter eficiência, gerar mais receita e aumentar seu diferencial junto aos clientes.

Tags: Computação, mercado, nuvem, publicitário

Você também vai gostar…

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Preencha esse campo
Preencha esse campo
Digite um endereço de e-mail válido.
Você precisa concordar com os termos para prosseguir

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Leia também!